Admiro Marina e penso que sua visão de desenvolvimento corresponde às necessidades do século XXI, ou é a mais próxima disso. Em relação ao ambiente, que é a questão central deste século, Marina (não o PV, que é um balaio de gatos e hienas) está à esquerda do PT, que está à esquerda de todo o resto. O que Marina tem de bom, no entanto, ficou escondido sob o que ela tem de ruim, ou o que têm de ruim seus apoiadores, como esse ator, cuja opinião política vale tanto quanto a de um gari – ao contrário do Boris Casoy, eu respeito os garis, mas nenhum programa de entrevista pergunta o que eles pensam.
O que importa o que pensa Wagner Moura? Nada. No entanto, como ator global – muito bom ator, diga-se – ele ganha o direito de fazer propaganda eleitoral. Devia, por isso, pensar mais no que diz, antes de esculachar um governo aprovado por 80% da população. Lula é muito mais comedido do que ele no uso da sua popularidade, o que lhe deveria ensinar alguma coisa.
Ator não deve se meter a falar do que não entende, ou do que entende como cidadão comum, e como cidadão comum ninguém perguntaria sua opinião. Ele entende de representar, mais que isso é fazer papel de porta-voz dos patrões que querem impedir a eleição de Dilma. Ou será que ele é um líder de classe? Será que se manifesta como porta-voz de trabalhadores do cinema e da televisão? Acredito que não.
Essa entrevista, ou este trecho de entrevista, expressa o lado reacionário da Marina, usada para tirar votos de Dilma e levar a eleição para o segundo turno, quando o partido da imprensa golpista (pig) ganharia tempo para inventar novos fatos que prejudiquem a eleição da candidata do PT.
A Marina que aparece em debates sobre temas importantes é uma líder política importante, essa que aparece nos debates nas tevês e no noticiário do pig não passa de instrumento da direita. Seu potencial de crescimento é pequeno, porém, porque só consegue atrair a classe média moralista, gente que forma sua opinião com base no que dizem celebridades.
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