Grande parte do melhor jornalismo que se faz hoje não é jornalismo, é contrainformação.
Explico: como a "grande" imprensa é oposição ao governo (como disse Maria Judithe e reconheceu o Estadão em editorial, na reta final da campanha da eleição presidencial), os jornalistas que prezam a profissão se viram obrigados a assumir a tarefa de desmentir, uma a uma, as mentiras publicadas por Globo, Folha, Estados, Vejas. Assim, a velha mídia não faz mais jornalismo e a nova mídia não tem tempo para se dedicar ao que realmente interessa: retratar criticamente a realidade – que a matéria do jornalismo. Esta situação, que se agravou na campanha eleitoral deste ano, confirma a necessidade urgente de se reformar a comunicação no Brasil. Não é possível que meia dúzia de famílias e empresas controlem as principais emissoras de tevê e rádio e as principais editoras de jornais e revistas. O poder dessa gente é desproporcional à importância social e econômica que possui e incompatível com a democracia.
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