Um sentimento que é uma consciência súbita, a consciência de que a vida é efêmera e frágil, aqui estou agora e no momento seguinte talvez não esteja mais, que certamente chegará o meu dia, como chegou o dia do que se foi, e que levo a vida fingindo que a morte não existe, ocupado em muitas coisas que não parecem agora ter a importância que tinham, que eu deveria me ocupar de coisas mais importantes, das coisas que realmente são importantes e elas não são mesquinharias, não são posses, não são aparências, não são materiais. Seriam coisas da essência, do coração, da sinceridade, da minha comunhão com outras pessoas, com a natureza, com o mundo, com a vida. Que devo estar pronto para morrer a qualquer momento, sem arrependimentos, sem apegos, sem sentir que não fiz o que devia ter feito, que não aproveitei o que devia ter aproveitado. Que devo fazer o que tenho de fazer, que não devo fazer o que faria por motivos vis. Devo priorizar o que é realmente importante e não deixá-lo para depois, enquanto faço coisas nas quais não acredito e considero menos importantes.
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